segunda-feira, 6 de maio de 2024

...DO TRABALHO INFANTIL

... para refletir e, não deixando de validar o "peso" que cada um sente sobre a escola, dar uma referência que pode mudar o caleidoscópio: 

Trabalho infantil

domingo, 5 de maio de 2024

Dia da Mãe sem Papas na Língua

 


    Nem todas as mães são mães. Há quem seja chamado de "Mãe" e seja uma mera progenitora. Uma genitora, pois aqui não há "prós", só contras... Quem não ama o(s) filhos(s) não é mãe. Parir? Parir é a coisa mais comum que existe e há espécies que devoram as próprias crias. Na vasta amplitude de significado do termo "devorar", alguns seres (des)humanos enquadram-se nesse cenário hediondo também.
    Às Mães, (sim, com "M" grande) dedico este texto. Uma Mãe não é a melhor amiga. Se uma mãe é a melhor amiga não está a ser Mãe. Demitiu-se. 
    Uma Mãe não agride. A vida encarregar-se-á das dores incontornáveis. Uma Mãe tem de ser a barreira contra as agressões, não a perpetradora. Agredir quem não se pode - ou, podendo, não se irá defender - chama-se covardia. Chama-se crueldade. Mesmo que embarquemos todos na farsa  do "Doeu-me mais a mim do que a ti". 
    O Dia da Mãe é uma falácia. É o Dia das palavras bonitas. O Dia dos cartões digitais, cartões-papinha-feita, pois os cartões desenhados e pintados à mão, com recortes e colagens, que estimulavam a criatividade e eram únicos, exigindo tempo e esforço, esses já só para os ignorantes digitais...e ninguém quer isso. Só países retardados como a Suécia é que estão a mudar o rumo da digitalização plena por ter constatado que não era o melhor caminho. Enfim, suecos... Não nos dispersemos.
     O Dia da Mãe é o dia do paleio. Ótimo para floristas, fábricas de bombons e lojas dos chineses, não obstante. À semelhança do Dia dos Namorados. A menos que o esforço seja mesmo nulo e aí nem as floristas, nem as fábricas de bombons, nem as lojas dos chineses - e acrescento - nem os restaurantes ficam a ganhar.  Cada um sabe de si e Deus, pelo estado em que o Mundo está, não sabe de ninguém. Se eu fosse Deus (não acho que sou, calma, ainda só penso que sou o Napoleão) também virava costas a uma humanidade tão mesquinha, tão espumante de raiva, tão sedenta de sangue, tão vingativa, tão vil (com honrosas exceções). 
     Escrevo este texto assolada por uma indignação indizível face ao crescendo de crimes de ódio. Há quem veja os imigrantes como uns grandes filhos da mãe (ou outro termo, que não posso nem quero escrever aqui). Há gente boa e má de todas as proveniências. Espero que este seja um texto datado no tempo. Há entregadores da Glovo hospitalizados que também têm (ou assim o espero) mãe. Se não têm já tiveram. Não vivem sob a sua asa. Fizeram-se à vida vindo para um país alegadamente seguro. Não ouvem a mãe dizer "Olha o casaquinho", ouvem trogloditas a tentar rebentar com portas. E com eles. Lá estou eu a dispersar-me. E com tanta verborreia floreada que há a dizer sobre as mães. Se tem algum jeito!
      Amanhã já não será Dia da Mãe. E nós, mães, vamos continuar como estamos hoje. A lidar com a indiferença da sobrecarga de trabalhos. Fomos mães porque quisemos, agora há que aguentar. Põe-se o rótulo da "mãe guerreira" e está a andar. Homenzinhos que nem à tropa querem ir apostrofam-nos de guerreiras. E somos. Não nos resta alternativa. Há que trabalhar, cuidar, prover, proteger, arrumar, cumprir burocracias, ser escravo do relógio e, idealmente manter a boca bem caladinha. Com a sorte nublada como o dia de hoje, ainda surgem no caminho uns quantos empecilhos escusados para dificultar mais uma jornada por si mesma árdua. E não são palhas nas costas, já curvadas, da camela. São calhaus tão pesados que nem sustentam o próprio peso. Se tivessem uma, a consciência também pesaria. Se tivessem...
      Verdade seja dita que há lares, playstations, apps e coisas que tais que podem resolver os problemas, Se a Mãe (neste dia tão enlevada) se torna um fardo, há lares para quê? Se os filhos exigem cuidado, amor, entrega e atenção há o universo digital para quê? As horinhas passam a voar! A rua e as noitadas com os amigos (onde muda tudo menos o telemóvel, que continua na mão), assim como as viagens (pasmo-me sempre como há gente tão nova a ganhar tanto dinheiro para financiar tanta viagem em idades tão precoces da sua vida! Pasmo-me, mas congratulo-me: nada como arregaçar as mangas desde cedo! Eu fi-lo, isso do arregaçar as mangas bem cedo na vida, mas nunca via o envelope). E lá estou eu a dispersar. A rua, as noitadas e as viagens também são substitutos do cuidado, da supervisão e da autoridade maternais. As mães têm de compreender que os filhos a quem dão a sopinha, lavam, estendem, apanham e engomam a roupinha, querem ter as regalias dos adultos, mas sem as responsabilidades da idade adulta; Síndroma do Peter Pan: é o que não falta por aí...
        Meus queridos alunos: se têm Mães, essas com "M", o vosso lugar é na escola. E em casa, onde são amados. As crianças, os adolescentes...retribuem o que lhes é dado. Recebem imbecilidade? Serão imbecis ao quadrado. Recebem amor? Serão exponencialmente amorosos até ao Infinito.
       Uma Mãe partilha com os seus filhos as altas expectativas que tem para eles, a consciência de que são capazes,... e substitui o chinelo no ar por um "Eu ajudo!" Uma genitora que tem uma ato de agressividade falhou. Such a looser, como diriam os alunos com altíssima proficiência a Inglês. Uma genitora que pergunta: "Não te sabes defender?" está no lado errado da barricada. Não tem inteligência para perceber que a culpa de uma agressão é do agressor. La Palisse concordaria.
    E uma Mãe é alguém maravilhoso, fantástico, multifacetado, blábláblá... Pronto, para o contentamento de todos! Afinal, há que promover o bem-estar e a felicidade em contexto escolar, certo?
      Feliz Dia da Mãe!
     
A Coordenadora de Bibliotecas Escolares do Agrupamento Escultor António Fernandes de Sá,
Sílvia Pinto
        
        
       
       
      
      

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Semanas da Leitura!!

 

     No âmbito das Semanas da Leitura, que se assumem como tempo de especial predileção pelas literacias da leitura, dos media, digital e informacional, assumindo ainda contornos de semanas culturais, com a participação de todos, na escola-sede do AEAFS, realizaram-se as seguintes atividades, por iniciativa da Biblioteca Escolar, num esforço concertado com outros agentes promotores da aprendizagem:

- Transversalidade da leitura: leitura, nas mais diversas disciplinas, de textos alocados no Blogue, bem como em dossiê físico na Biblioteca Escolar, sobre Liberdade (em contexto dos 50 anos da revolução de Abril); cada docente pode ainda selecionar textos da sua preferência para leitura expressiva em sala de aula, no enquadramento da temática proposta; os textos escolhidos foram ainda alvo de leitura na iniciativa DIZER POESIA;



- Escrita Criativa/Argumentativa em Sala de Aula: aulas dedicadas ao incentivo à participação, em contexto letivo, nos diversos concursos (escolares e extraescolares) divulgados no blogue da Escultor; no concurso “O que é, para ti, a Felicidade?” o texto vencedor foi da autoria da aluna Maria Fernanda Fernandes, do 9ºA; no concurso sobre “Ética e Liberdade”, o texto eleito foi o da Luana Silva, do 8ºC;



- No âmbito de “Leitura de Imagens”, foi realizada (e está ainda patente  a quem quiser apreciar) uma exposição dos trabalhos elaborados no âmbito da iniciativa “Caminhos Cruzados” (da Comboios de Portugal), na Biblioteca Escolar; esses trabalhos, foram encaminhados para a participação do Concurso, após digitalização;




- Ainda no contexto de comemoração dos 50 anos do25 de Abril, os alunos do 8ºC entoaram canções de intervenção: “Que Força é Essa?”, de Sérgio Godinho e “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso;

-  Teve lugar também, na dimensão cultural da Semana da Leitura, a realização de um Torneio de Xadrez, com a duração de duas horas, partidas não temporizadas (monitorizado pelo ex-aluno Pedro Vieira), na Biblioteca Escolar. Esta iniciativa acolheu um número significativo de participantes (que solicitaram a continuidade da mesma, num contexto de “Clube de Xadrez). O aluno Leandro Silva do 9ºA, consagrou-se vencedor do Torneio;



- Outra atividade muito bem sucedida e frutuosa prende-se com a vinda de uma Professora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, com um grupo de seis alunos universitários que se encontram a desenvolver um projeto sobre “A Adição às Redes Sociais”; integrava este grupo a ex-aluna Andreia Mourão e os destinatários foram os alunos do 8ºC (o grupo convidado e dinamizador deste projeto de sensibilização sobre o tempo despendido nas redes sociais e os malefícios das mesmas disponibilizou-se para replicar a iniciativa noutros turmas, caso haja interesse);


- A narrativa “A Princesa Insensível” foi alvo de uma leitura expressiva para alunos do 5ºano de escolaridade, à qual se seguiu uma reflexão sobre a mensagem que o texto pretende transmitir;


- Teve lugar a terceira vinda do Diseur e Professor Jubilado da UP Armando Pereira para dinamizar a atividade: DIZER POESIA, desta vez para todas as turmas de 7ºano, no Auditório, tendo a iniciativa incluído o canto, a declamação e a leitura de poemas por parte de alunos e professores; o tema orientador da sessão era a Liberdade;

- Realizaram-se todos os Encontros Interturmas planificados, atividade realizada em articulação com o Departamento de Línguas, com um equilíbrio inequívoco entre as turmas, que revelaram um conhecimento profundo das obras estudadas: no 5ºano, as turmas com mais respostas certas foram o 5ºB e o 5ºC (que vão ainda a uma finalíssima); no 6ºano, foi o 6ºB; no 7ºano de escolaridade, foi o 7ºC; no 8ºano, as turmas do 8ºA e 8ºC terminaram o desafio empatadas e o 8ºD foi a turma com mais respostas certas no seu encontro com o 8ºB e o 8ºC (assim sendo, 8ºA, 8ºC e 8ºD vão ainda a uma finalíssima); no 9ºano, o 9ºB respondeu mais vezes de forma acertada;



- Ocorreu também a iniciativa “O Meu Livro é Melhor que o Teu”, fruto da colaboração entre a BE e o SPO, que consistia na junção de uma fotografia e de uma frase de incentivo à leitura de uma obra selecionada (e lida) pelos alunos intervenientes; as fotografias selecionadas estão ainda no corredor de acesso à BE;


- Ainda em contexto da Semana da Leitura, tiveram lugar, na Biblioteca Escolar, os Concurso de Leitura de Inglês e de Francês, bem como o Speeling Be, que contou com a coadjuvação da (agora reformada, mas que se disponibilizou para colaborar) professora Irene Baptista;






- Decorreu ainda a entoação de canções sobre Saúde e Higiene Oral, por parte dos alunos de 5ºB e a dinamização de Escuta Ativa do RAP “Liberdade de Expressão” com a turma do 5ªA;


- Durante as duas semanas de um maior destaque atribuído à literacia da leitura, a iniciativa “10 Minutos a Ler” foi dinamizada de forma contínua e sistemática.



- Houve também interação com a Escola JI/EB1 de Gervide, com a vinda do 3AG para assistir à atividade “Textos e Canções de Abril” (leitura de textos da autoria de alunos do 8ºC, entoação do tema “Que Força é Essa?” e role-playing tendo por base a canção “Arranja-me um Emprego” (ambas de Sérgio Godinho);


- A Coordenadora de Bibliotecas Escolares, Sílvia Pinto, foi também à Escola JI/EB1 de Gervide, a convite do Coordenador Luís Mouta, dinamizar, para todas as turmas de 1º Ciclo, a Hora do Conto com a narrativa “A Princesa insensível” (que requer a participação dos alunos e com o apoio de imagens em Genially ) e, no dia 24 de Abril, a leitura expressiva do conto O Tesouro, de Manuel António Pina e a entoação do tema (com todos os alunos) “Vampiros”, de Zeca Afonso.



   Face ao exposto, o balanço global é muito positivo.

quinta-feira, 18 de abril de 2024

CANGURU MATEMÁTICO 2024

                                           

 


 

No âmbito das atividades de matemática, realizou-se no dia 11 de abril, pelas 14h30, o "Canguru Matemático" que  contou com a participação de cerca de oitenta (80) alunos e alunas dos 5º aos 9ºanos que encheu o auditório da escola. O ambiente calmo proporcionou uma oportunidade única para a resolução de problemas.
 
Aqui fica o agradecimento aos participantes!