quinta-feira, 29 de maio de 2025

RECOMENDAÇÃO DE LEITURA - TROPEÇÕES, QUEDAS E TRAMBOLHÕES - LIVRO DIGITAL

 https://cdn.pds.min-saude.pt/files/books/data/sns/quedastrambolhoes/offline/livro_tropecoesquedas_trambolhoes.pdf

         Aqui fica uma divertida sugestão de leitura sobre... pois, tens mesmo de ler para descobrir (só uma pista, tem a ver com o fair-play desportivo...que anda a fazer muita falta, não anda?)

CITAÇÃO PARA REFLEXÃO

 «Que a maldade dos outros não te perturbe, nem as suas medíocres opiniões, nem as suas venenosas palavras". 

Marco Aurélio

quarta-feira, 21 de maio de 2025

FUNÇÃO E SIGNIFICADO DO EPISÓDIO DA "ILHA DOS AMORES "N'OS LUSIADAS"


       

Resumo de um excerto retirado da obra Camões, Labirintos e Fascínios,  de Vítor Manuel de Aguiar e Silva.

       Os heróis Portugueses alcançam na Ilha dos Amores o clímax da sua ascensão divinatória.

        A ideia de que os heróis históricos, cantados por Camões, heróis reais de carne e osso ("de fraca carne humana") (IX, 91), ascendem, pelos seus feitos, à condição divina, constitui uma linha orientadora da epopeia camoniana.

       Esta divinização representa o coroamento de uma longa e penosa jornada de sacrifícios, constituindo o justo prémio concedido àqueles que viveram o ideal português da virtude humana: dedicar a vida à expansão da Pátria e à difusão da Fé.

    O episódio da Ilha dos Amores oferece uma importante simbologia ao representar o ponto alto da gesta descobridora de Portugal: os nautas podiam proclamar que, do mundo conhecido, estava a sua parte feita, o por-conhecer era só com Deus. E por isso a ninfa Tétis declara que a finalidade da sua presença naquela ilha consistia em revelar aos Portugueses os segredos do mundo ainda ignoto: "Dando-lhe a entender que ali viera/ Por alta influição do imóbil Fado,/ Pera lhe descobrir da unida Esfera/ Da terra imensa e mar não navegado/ Os segredos, por alta profecia/ O que esta sua Nação só merecia." (IX, 86).

    A ascensão divinizadora de Vasco da Gama e dos seus companheiros está cabalmente comprovada no especial favor que Deus, fonte de todo o saber, lhes concede: guiados por Tétis, subirão a um monte espesso, de cujo cimo poderão contemplar a máquina do mundo (descrita de acordo com a conceção ptolomaica).  

           O povo português ascende ao estatuto de povo eleito com missão ecuménica de difundir a fé cristã, estatuto esse reforçado pela crença no supremo destino de Portugal, com o qual Camões sonha, embora reconheça máculas na alma da nação: "Não mais, Musa, não mais, que a lira tenho/ Destemperada e a voz enrouquecida,/ E não do canto, mas de ver que venho/ Cantar a gente surda e endurecida./ O favor com que mais se acende o engenho,/ Não no dá a Pátria, não, que está metida/ No gosto da cobiça e da rudeza/ De uma austera, apagada e vil tristeza".

               

         

quinta-feira, 15 de maio de 2025

CONCURSO DE ESCRITA

A IMPORTÂNCIA DE PROMOVER A CULTURA E A LÍNGUA PORTUGUESAS

    Quer como "consumidor", quer como produtor de cultura, o ser humano só tem a ganhar se investir na cultura, idealmente em todas as suas manifestações artísticas: Literatura, Música, Dança, Teatro, Pintura, Escultura, Arquitetura, Cinema, Artesanato, ...

   Sendo formas de expressão, são também testemunho e legado para gerações vindouras!

   Também a língua é um património inestimável. A língua portuguesa (nem sempre bem tratada) é um tesouro dinâmico e insubstituível. O português é uma língua que se abre num leque de variantes, sem perder a sua essência e espinha dorsal. É um dos pilares da identidade de Portugal, preservando raízes deste povo. Valorizar a língua de Camões é também dar ênfase à riqueza da língua portuguesa, preservar traços linguísticos enraizados na própria História de Portugal e compreender a evolução da língua, garantindo a compreensão adequada de obras literárias clássicas e documentos históricos escritos em português lusitano. 

    Por fim, preservar o português europeu ajuda a evitar uma padronização excessiva da língua, mantendo características únicas.

    Atenção que preservar não significa isolar nem superiorizar, mas sim valorizar e manter viva uma língua-património de indizível beleza e riqueza!

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       Neste contexto, apresentamos os CONCURSO DE ESCRITA sobre a «Importância de promover a Cultura e a Língua Portuguesas»

    Envia para o email silviapinto@escultorfsa.pt o teu texto, letra arial 11, espaçamento simples, máximo duas páginas até 31 de maio de 2025. Os três melhores textos serão premiados!

terça-feira, 13 de maio de 2025

POESIA DITA - A VOZ POÉTICA DOS NOSSOS ALUNOS NA RÁDIO VIZELA

     Hoje, dia 14 de maio, às 21h00, no programa "Hora da Poesia" da Rádio Vizela, haverá a declamação de um poema pela voz de uma aluna do nosso Agrupamento, através de um áudio  previamente enviado para a estação. 

       Na estrutura do programa, haverá um poeta selecionado, cuja vida e obra será alvo de uma síntese por parte da Coordenadora Conceição Lima. Hoje, o poeta será Eugénio Lisboa. 

   Esta iniciativa vem na continuidade do projeto DIZERPOESIA, fruto do trabalho colaborativo entre Biblioteca Escolar e Departamento de Línguas. 

sábado, 10 de maio de 2025

PROMOÇÃO DE LEITURA - O ESSENCIAL DA HISTÓRIA DE VILA NOVA DE GAIA



          

      No passado dia 10 de maio, às 16h00, no Auditório da Escola JI/EB1 Manuel António Pina, teve lugar a apresentação do livro O Essencial da História de Vila Nova de Gaia, da autoria de João Silva.



     A obra versa sobre aspetos históricos, demográficos, folclóricos, culturais, sociológicos e toponímicos relacionados com todas as freguesias de Vila Nova de Gaia (suprindo uma lacuna nesse âmbito) e contou com a apresentação do Dr. Carlos Sousa, Diretor do Agrupamento Escultor António Fernandes de Sá, bem como com a presença do representante da Editora Mosaico de Palavras e houve ainda tempo para momentos musicais dinamizados pelo cantor, músico e poeta José Silva.



       «Terra milenar, pisada por muitos e variados povos ancestrais, desde o Paleolítico até aos séculos do Império Romano, Vila Nova de Gaia nasceu e cresceu olhando a outra margem, ou não fosse igual a ligação de ambas ao rio, tanto na prática do comércio como da pesca e de outras atividades fluviais, entre as quais o serviço de atravessamento do rio, o rio que tanto as separa como as irmana.

        Atualmente constituído por 24 freguesias, o município de Vila Nova de Gaia é um dos mais populosos do país, ombreando com o Porto em dimensão humana e económica. Daí que seja importante conhecer esta terra, o seu passado mas também o seu presente, um presente partilhado em diferentes medidas pelas suas várias freguesias.»

    Muitas informações e curiosidades foram desveladas acerca de factos curiosos que não são do conhecimento generalizado do grande público: por exemplo, a presença de D. Pedro I e Dª Inês de Castro em Vila Nova de Gaia (onde nasceu a filha, Dª Beatriz) e...bem, o melhor mesmo é ler e ficar a saber!

     Houve também lugar à exposição de pintura de obras de Diamantino Silva, pintor, formador e ex-professor do nosso Agrupamento.


        Foi um momento muito enriquecedor para todos os presentes, tendo ainda decorrido a sessão de autógrafos e dedicatórias, com uma acentuada adesão, dado o inquestionável valor da obra em apreço. 

           Fica aqui o convite para a leitura da obra, dado que foi adquirido um exemplar para a Biblioteca Escolar da escola-sede.


quarta-feira, 7 de maio de 2025

O TEATRO VEM À ESCOLA

        

    


     Ler um livro configura uma atividade fundamental para o desenvolvimento do pensamento crítico e da imaginação. No entanto, quando essa leitura é acompanhada por uma peça de teatro baseada na obra lida (e pedagogicamente explorada), a experiência torna-se ainda mais profunda e enriquecedora. A adaptação teatral ajuda o aluno a visualizar a história, compreender (em planos plurais) o enredo e as atitudes das personagens (que transcendem o código linguístico), refletir com mais clareza sobre os temas do livro e encontrar uma espaço de sensibilização estética e expressiva na fusão dos universos artísticos da literatura e do teatro.

           No sentido de complementar a leitura e o teatro, o Departamento de Línguas do nosso Agrupamento diligenciou no sentido de trazer o teatro à escola e foram visionadas, no Auditório, no passado dia 30 de abril, as peças «Baby...The Legend»; «Ulisses» e «O Príncipe Nabo» (as duas últimas integradas na lista de obras recomendadas pelo Plano Nacional de Leitura)e alvo de leitura orientada em sala de aula). Assistir às peças permite que o aluno-leitor veja os acontecimentos a "ganhar vida" no palco. Os cenários, a indumentária, o som, a iluminação e a atuação transformam o enredo em algo dinâmico e vivo, portanto fácil de entender. Isso é especialmente útil em livros com linguagem mais complexa ou fios temporários que se entrecruzam.

        As personagens também se tornam mais próximas. Através do tom de voz, das expressões faciais e da linguagem corporal, da interação com o público,os atores mostram emoções e conflitos que, não raro, passam despercebidos na leitura (até porque nem sempre é dada a devida importância às didascálias). Isso facilita a compreensão de quem assiste e das decisões de que encena.

       Além disso, o teatro costuma destacar temas relevantes ao longo da vida, como amor, injustiça, medo e a sua superação ou coragem e empatia. A encenação faz com que o público reflita sobre essas questões de forma mais intensa. Como disse o dramaturgo Bertolt Brecht: "O teatro não é apenas um reflexo da realidade, mas uma forma de transformá-la." Essa frase mostra como o teatro pode provocar reflexões profundas sobre a vida e sobre o que lemos.

         Assistir à peça permite comparar a adaptação teatral com a imagem mental que os alunos ficaram sobre o livro. O espectador pode perceber o que foi cortado, modificado ou destacado, desenvolvendo assim um olhar mais crítico sobre a obra e suas possíveis interpretações.

          Concluindo, ver a peça de teatro baseada em um livro é uma maneira eficaz de aprofundar o entendimento da obra representada. Essa experiência percetiva e emocional complementa a leitura, tornando-a mais viva, acessível e significativa. É de felicitar a iniciativa e o empenho de quem tornou este evento possível, bem como a competência dos profissionais desse mundo fantástico que é o teatro e ainda a recetividade da turmas, o seu comportamento adequado e o seu envolvimento construtivo num momento pensado para os alunos e que tem nos alunos o seu propósito.


segunda-feira, 5 de maio de 2025

DIA MUNDIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA

      A maior homenagem que podemos fazer à língua de Camões é respeitá-la, usando-a corretamente. Assim, deixamos aqui uma listagem de erros comuns na língua portuguesa, para que possas fazer um uso adequado deste tesouro que é o Português:


1. Uso incorreto de “com certeza” 

  • Errado: Depois da maratona, ele concerteza ficou cansado.

  • Correto: Depois da maratona, ele com certeza ficou cansado.


2. “Há”  “À” 

  • Errado: À duas lata de atum na despensa.

  • Correto:  duas lata de atum na despensa.

  • Errado: Vou  mercearia.

  • Correto: Vou à mercearia.


3. Plural de palavras compostas

  • Errado: Os pães-de-lós estavam bons.

  • Correto: Os pães-de-ló estavam bons.


4. Concordância verbal

  • Errado: Houveram muitos problemas na reunião.

  • Correto: Houve muitos problemas na reunião.


5. “De repente” e “ Derrepente”

  • Errado: Ele entrou derrepente.

  • Correto: Ele entrou de repente


6. Uso de “onde” e “aonde”

  • Errado: Aonde mora?

  • Correto: Onde mora?


7. Uso inadequado de formas verbais

  • Errado: Vou ir ao cabeleireiro.

  • Correto: Vou ao cabeleireiro.


8. “deem” e “dainde” (formas inexistentes)

  • Errado: Dainde todos as mãos.

  • Correto: Deem todos as mãos.


9. “Tu vistes” e “tu viste”

  • Errado: Tu vistes a Teresa?

  • Correto: Tu viste a Teresa?

  • ("Vistes" usa-se para o pronome Vós)


10. Pronome mal utilizado

  • Errado: Entreguei o presente à ele.

  • Correto: Entreguei-lhe o presente.

sexta-feira, 2 de maio de 2025

CITAÇÃO PARA REFLEXÃO

 O tempo das verdades plurais acabou. Vivemos no tempo da mentira universal. Nunca se mentiu tanto. Vivemos na mentira, todos os dias.

José Saramago