sábado, 9 de novembro de 2024

E por este conto é quem ninguém esperava...Plot Twist na refrega do Halloween

 Foge, Escultorzinho!


        Uma excentricidade de garrafas partidas, pimenta, alho e açúcar queimado q.b. fazem as malícias de uma lista escaldante que a desalmada turma do 5ºC cozinhou para a tão aguardada noite de Halloween. 

   O plano foi preparado por toda a turma e por alguns cúmplices mais (ou menos) anónimos. No dia 31 de outubro de 2024 na Escola Escultor António Fernandes de Sá, viveu-se a aventura mais arrepiante e assustadora de sempre!

     À hora combinada, todas as luzes se apagaram e os estores (PAaaaaffff) caíram furiosamente! A turma dos matreiros (Inclusive a Yara, que, coitada, o que ela soluçava de medo), dispersaram-se magicamente por toda a Escola. De um modo instantâneo, espalharam cartazes fluorescentes por todo o lado, o cheiro a alho era insuportável e a cada esquina havia abóboras cintilantes a tagarelar, enquanto os morcegos, descontrolados entre os lasers, voavam por cima dos tapetes de vidro em pedaços. As gargalhadas terrivelmente assustadoras e trocistas da mentora desta estranha noite (por agora não convém revelar a sua identidade, não vá o Sr. Diretor ouvir-nos…), fizeram eco por toda a escola e até na vizinhança de Gervide se fecharam as janelas das casas.

       Nos cartazes radiantes, que ora acendiam ora apagavam, aqui e ali podia ler-se:

“Livra-te dos fantasmas e sorri ihhh ihhh ihhh”,

“Não confies nem na tua própria sombra”, ou

“Hoje a preguiça não atormenta o teu estudo” …

      Toda a escola se arrepiou de susto, não admira. Até a Helena, que apesar de pertencer à seita do Halloween, não parava com tremeliques, tendo de ser anestesiada com a poção de quimeras, absurdos e caretas- fórmula original, que o nosso surpreendente e sedutor mágico Fernando preparou na aula de Ciências, às escondidas da Prof. Rita, para poder socorrer as almas mais frágeis deste dia. Que querido!!! O plano maquiavélico estava prestes a ser concretizado e todos queriam assistir à reação do Diretor da nossa escola a uma boa dose de travessura da autoria dos recém-chegados alunos do 5ºC.

     Vai daí, daqui e dali, à hora assombrada, em que os ponteiros do relógio se encontravam sobrepostos, o poderoso assobio da mentora deste Halloween 2024, (cujo nome rima com ira e com mentira), soou terrivelmente alto. Todos obedeceram, dirigindo-se com gritos e cotoveladas para a porta do gabinete do nosso Diretor. Tal como definido no guião, mal o Diretor rodou o manípulo escorregadio da porta e mostrou a ponta do nariz por um triz, todos gritaram em coro 7 vezes até ao esgotamento:

    “Aaahhh ah ah Escultor António Fernandes de Sá!” (…) e, imediatamente, a nossa cúmplice mentora lançou-lhe o isco:

      - “Trick or treat???!!”

         A resposta do atarantado Diretor surpreendeu todas as almas presentes e ausentes. Sorte ou azar, tudo regressou à sua forma original, chovendo  copiosamente lambarices para todos. Por irónico que pareça, até o pacato Escultorzinho teve direito a um chupa de olho de peixe-gato.

         De regresso à normalidade, conseguem adivinhar quem foi a temível mentora desta noite perfeita?

      Sssshhhhh… que o Diretor nunca desconfie, pois não queremos a nossa Diretora de Turma em apuros.

      Quem sabe para o ano haja outro capítulo assombrado. Com mil grasnos, como foi hilariante ver o nosso Diretor apavorado com as pernas a bater como castanholas.

         Estranho ou não, bruxarias ressuscitam e este guisado pode não estar acabado...

         A perseguição continua...👹👹👹


                                                                                                          Lua Galante, 5ºC

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Faça Lá uma Quadra de S.Martinho!!!


E eis que é S.Martinho de novo! Esperamos sol, castanhas, convívio...
Conheces a lenda de S.Martinho?
Caso a resposta seja negativa, acede ao seguinte link:


E agora que já sabes a lenda subjacente à celebração da data, faz, em contexto de sala de aula, uma quadra de S.Martinho e entrega-a na Biblioteca Escolar. Deixamos aqui algumas para te servirem de inspiração:

S.Martinho, por piedade
Quis um pobre agasalhar
Sigamos o seu exemplo
Comecemos a ajudar

No S.Martinho, as castanhas
Sabem bem, quentes e boas
São como belas rainhas
Os ouriços são coroas!


 

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Mais um Conto (desta vez com rima) de Assustar...

      Um texto também premiado foi o do Kevin Lopez Vieira, que escreveu um conto com tantos verbos no infinitivo Impessoal que lhe foi proposta a escrita de prosa rimada...ele aceitou o desafio, nas circunstâncias de uma pequena ajuda...como a sua narrativa já havia sido selecionada para receber um prémio, a ajuda não foi negada e fica aqui mais uma história de assustar...a rimar!

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NUMA NOITE DE OUTONO

Numa noite de outono, escura e a chover,
Com o vento a uivar e o frio a fazer tremer,
Viajava num carro, de cor indefinida
A toda a velocidade, uma família unida.

Dentro dele, a família, com uma pressa danada,
Mãe, pai, filho e filha, todos em jornada.
Mas o nevoeiro surgiu, denso e profundo,
E no meio daquela chuva, perderam o rumo ao mundo.

A barriga roncava por vazia estar
Decidiram então que tinham de ir comer,
No GPS, a busca de onde jantar
Encontraram um "restaurante", mas com um toque de tremer.

“Restaurante Chernobyl, Portugal,” surgiu no ecrã,
E o carro, rumo àquele lugar, seguiu sem hesitar,
Mas as luzes começaram a piscar, e o pai pensou:
“Vi um vulto… ou será que estou a sonhar?”

Os filhos e a mãe disseram, com medo no olhar:
“Eu também vi algo a passar!”
Quando olharam ao lado, uma velhota a espreitar,
Com um lampião na mão, a brilhar no ar.

Toda a família ficou a duvidar,
 Mas entraram no restaurante, e logo a porta a fechar!
Luzes a piscar e voz assustadora a gritar:
“Entraram no meu jogo, hahaha, vai ser de assustar!”

Procuraram por quem falava, mas a ninguém viam,
Até que uma velha apareceu, e a todos desafiou:
“Vamos jogar xadrez, quem ganhar sairá,
Mas quem perder, comigo para sempre ficará!”

Eles hesitaram, mas a fome obrigou a aceitar,
Sentaram-se à mesa, e a velha a explicar:
“Se eu perder, todos podem escapar,
Mas se eu ganhar, aqui eternamente vão ficar!”

O pai, confiante, sorriu sem medo,
Sabia que o xadrez não tinha segredo.
Cinco vezes campeão, com habilidade a brilhar,
Fez xeque-mate em dez jogadas, sem parar.

E assim, a família escapou do lugar maldito,
Deixando para trás aquele sítio tão esquisito.
Com risos e alívio, o carro seguiu a estrada,
E Chernobyl ficou para trás, mas será uma história lembrada...

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

CONTOS DE FAZER TREMER

     Muito obrigada a todos quantos participaram na iniciativa de Escrita Criativa «Contos de Fazer Tremer», promovida pela Biblioteca Escolar  da escola-sede. 

     Foram muitos os textos e bastante difícil a escolha! No entanto, a narrativa selecionada como vencedora pertence ao aluno Evan Yanat, do 6ºB, a qual segue reproduzida na íntegra... iremos também postar os textos que granjearam o segundo e o terceiro lugares. Só que o suspense também faz parte da ambiência de Halloween...por isso...mantenham-se atentos ao Blogue!


O Espelho Partido

     A velha casa gemia sob o peso dos anos, as suas paredes marcadas por fissuras que pareciam cicatrizes de um passado sombrio. O ar dentro dela era denso, impregnado por um cheiro de pó e mofo que irritava as narinas e oprimia o peito. Era ali, nesse labirinto de corredores escuros e quartos empoeirados, que Sarah, uma jovem antiquária, encontrou o espelho.

     Encrustado numa parede rachada, o espelho era uma peça antiga, com uma moldura de madeira escura e ornamentos de prata desbotados. O seu vidro, no entanto, estava partido num padrão irregular, como se tivesse sido atingido por uma força bruta. Apesar do dano, o espelho emanava uma aura estranha, um magnetismo que atraía Sarah como um íman.

      Ela limpou-o com cuidado, revelando um reflexo distorcido, fragmentado pelas fissuras. Sarah tentou ver o seu próprio rosto, mas só conseguia ver um amontoado de linhas quebradas e sombras distorcidas. Uma sensação de desconforto a invadiu, como se o espelho a estivesse a observar, analisando cada um dos seus medos.

    Naquela noite, Sarah sonhou. Um sonho vívido, cheio de imagens perturbadoras: um rosto deformado, com olhos negros e vazios, sorrindo para ela através das rachaduras do espelho. A sensação de estar sendo observada perseguia-a mesmo depois de acordar.

       A partir daquele dia, coisas estranhas começaram a acontecer. Sombras estranhas, escuras e fugidias moviam-se nos cantos dos olhos, sussurros indistintos ecoavam pelos corredores vazios, e a sensação de estar sendo observada intensificava-se. Sarah sentia que algo estava errado, que o espelho havia trazido algo para dentro da casa, algo que não deveria estar ali.

        Ela tentou livrar-se do espelho, mas ele parecia agarrar-se à parede, como se estivesse enraizado na própria estrutura da casa. Cada tentativa de removê-lo era frustrada por um sentimento de pavor que a paralisava.

     A cada noite, o sonho repetia-se, o rosto deformado, as fissuras abrindo-se como uma boca faminta. A imagem do espelho, distorcida e fragmentada, tornava-se cada vez mais real, mais ameaçadora...

        Um dia, enquanto limpava o espelho, Sarah viu algo diferente no seu reflexo. Um rosto, não o seu, mas um rosto estranho, com olhos negros e vazios que a encaravam com uma intensidade assustadora. A imagem se contorceu, as rachaduras abriram-se e a boca daquele rosto horrível abriu-se num sorriso grotesco.

        A Sarah gritou, o som agonizante ecoou pela casa. Ela tentou afastar-se, mas a imagem no espelho saiu e ganhou forma, aproximou-se dela, expandiu-se e abrindo imensamente a sua boa hedionda...engoliu-a!

     A casa ficou em silêncio, o único som era o ranger das tábuas velhas do chão, como se a casa estivesse a respirar, aliviada. O espelho, agora com uma nova fissura única , refletia apenas a escuridão,
a imagem de Sarah havia desaparecido.

       No dia seguinte, a casa foi vendida, a nova proprietária, uma jovem sorridente e cheia de vida, admirava a beleza do espelho antigo, sem notar a sombra que se escondia na sua rachadura. O espelho, silencioso e implacável, esperava...





terça-feira, 29 de outubro de 2024

HALLOWEEN

      Os alunos do Segundo Ciclo da Escola Escultor António Fernandes de Sá realizaram trabalhos relacionados com o Dia das Bruxas, no âmbito da disciplina de Inglês. esses mesmos trabalhos estão expostos no átrio interno da escola, para usufruto visual (ver não é mexer!) de todos. Ficam aqui alguns registos e as felicitações pelos trabalhos concebidos e elaborados com tanto esmero pelos alunos participantes:
















Camões, Grande Camões...

      Os alunos e alunas foram convidados ao diálogo sobre as diversas representações lidas como heroicas de Luís de Camões, tendo desenhado um muito seu Camões contemporâneo a salvar Os Lusíadas de uma ameaça. Eis alguns dos tributos a Camões (realizados por alunos dos 7ºA, 7ºB, 8ºC e 9ºC):


































 


sexta-feira, 25 de outubro de 2024

DIA DO AGRUPAMENTO ESCULTOR ANTÓNIO FERNANDES DE SÁ


     

No dia 24 de outubro celebra-se o Dia do Agrupamento Escultor António Fernandes de Sá. 

  Já se passaram 51 anos desde que a Escola-sede começou a ser um espaço de aprendizagem, convívio, amizade e alegria!

     O dia começou, como habitualmente, com o acolhimento nas salas de aula das diversas turmas, tendo início a atividade "Safari Poético" (o qual se realizou na sala de aula e na Biblioteca Escolar, nos intervalos das demais iniciativas organizadas). O tema das composições poéticas versava sobre a PAZ.


     Sem demérito de nenhum dos belíssimos poemas concebidos, apresentamos aqui a transcrição de dois (um representativo do 2ºCiclo e outro do 3ºCiclo): 
     «A Paz é a união
       Que une Nações
       A Paz é a Harmonia que vive no coração!
       Quando estou em Paz, sinto-me bem
       Quando estou em Paz, estou Feliz!
       Preciso de Paz para Aprender, Ensinar e para Brincar!
       Preciso de Paz para Ler, Escrever e para Saber Estar...
       Estar em Paz não é só estar sozinha, mas sim Saber
       Conviver com os outros sem confusão!
       Estar em Paz é essencial para mim, para ti e para todos!!!»
                                                  Mariana Portugal e Yara Mesquita, 5ºA

       PAZ...

       O que é a paz?
       Paz é encontrar conforto num abraço que nem é teu.
       Paz é saber que temos abrigo.
       Paz é o Amor que recebo no colo da minha avó...
       Paz é o conselho teimoso da minha mais velha Amiga
       Paz é o Amor que habita em mim
       Paz é o percurso que eu aponto aos meus irmãos...
       Paz é o saber respeitar o tempo de cada um.
       Paz é acolher, com um sorriso, a diferença.
       Paz é o deitar leve a cabeça na almofada.
       Paz é a rédea que domestica os pensamentos
       É na Sabedoria do Coração que reside a Paz!
                                                                         Matilde Ferreira, 9ºC

    Às 8h30, na Biblioteca Escolar, realizou-se a atividade "Mímica Inversa", baseada na compreensão e performance de instruções, de modo a ser possível adivinhar, através dos gestos, o que estava a ser representado, pelo próprio protagonista das instruções indicadas.

   Às 9h30, as turmas e os professores deslocaram-se ao exterior para cantar o Hino da escola e para o momento de Hastear a Bandeira Nacional, a Bandeira da Escola e a Bandeira Verde.


  No hall de entrada, esteve patente uma exposição de Minerais e Fósseis, da qual todos os alunos puderam usufruir, segundo horário previamente estipulado. 

  Houve também atividades lúdico-pedagógicas no Laboratório de Ciências Físico-Químicas, Jogos Matemáticos e de Raciocínio Lógico e ainda Jogos Cooperativos no Pavilhão.

   Por fim, mas não menos importante, procedeu-se à entrega dos Diplomas de Quadro de Honra, no Auditório, das 16h00 às 16h30 (para os alunos do 2º Ciclo) e das 17h00 às 17h30 (para os alunos do Ciclo).

    Foi um dia muito importante para todos os participantes e um dia que ficará positivamente na memória dos que o vivenciaram...

  

 


quarta-feira, 16 de outubro de 2024

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO


Dia Mundial da Alimentação

16 de outubro de 2024

Comemora-se hoje, dia 16 de outubro, o Dia Mundial da Alimentaçãodata criada pela Organização das Nações Unidas pela Fome e Agricultura (FAO-Food and Agriculture Organization of the United Nations) em 1981. O seu grande objetivo é levar à reflexão sobre os problemas relacionados com a alimentação e nutrição, procurando também a elaboração de medidas efetivas para combatê-los.

Este ano o tema do Dia Mundial da Alimentação é: “Direito aos alimentos para uma vida e um futuro melhores”.

Assiste aqui à mensagem do Secretário-Geral da ONU para este Dia Mundial da Alimentação.

 

DESAFIOS:

1 - Ao longo do resto da semana tenta fazer refeições mais saudáveis. Se quiseres, partilha connosco fotografias ou receitas de refeições saudáveis que façam aí em casa.

Qual será a mais apetitosa?

 

2 - Se gostas de jogos, cá vai também o link para um que podes jogar para testar os teus conhecimentos sobre alimentação saudável:

https://www.coquinhos.com/jogo-da-alimentacao-saudavel/play/

Vamos ver quem consegue melhor pontuação?

 

Envia o teu contributo até ao final do dia de domingo, e durante a próxima semana serão partilhados com todos.

 

Continuação de um bom Dia Mundial da Alimentação e Bom Apetite!

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A coordenadora Eco-Escolas,

Teresa Coelho

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

DIA MUNDIAL DO ANIMAL

     Comemora-se hoje, dia 4 de outubro, Dia Mundial do Animal. Esta data foi escolhida em 1931, durante uma convenção de ecologistas em Florença, por ser o dia de São Francisco de Assis, o santo padroeiro da ecologia e protetor dos animais.

Com esta celebração pretende-se lembrar a importância dos animais na vida das pessoas, sensibilizar para a necessidade de os proteger e respeitar, contribuindo para a preservação das espécies, e promover os princípios da Declaração Universal dos Direitos do Animal.

Na página do Parlamento Europeu, podes encontrar legislação da EU relativa ao bem-estar e proteção dos animais:

https://www.europarl.europa.eu/topics/pt/article/20200624STO81911/bem-estar-e-protecao-dos-animais-a-legislacao-da-ue

 

O tema deste ano é "O mundo também é a casa deles!", e pretende recordar que vivemos todos juntos no nosso planeta. Quer sejam os animais de estimação, nossos fiéis companheiros, ou os selvagens, que contribuem para o equilíbrio da natureza, os animais são uma parte vital do nosso mundo. 

Podes descobrir algumas iniciativas relativas a esta data aqui: https://www.worldanimalday.org.uk/

 

DESAFIO

Tens um destes fiéis companheiros em casa? Partilha uma fotografia original, para se construir um painel alusivo ao Dia Mundial do Animal. Podes também enviar imagens de animais selvagens!

Colabora! Mostra a tua garra!!!

 

Bom fim de semana!

Teresa Coelho 

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Bom ano Letivo!!!

     

  


             A todos quantos regressam à escola... repousem (d)os telemóveis. Libertem-se dessa escravidão. Tenham a coragem de um desmame rápido. A escola irá ajudar: é a mais verdadeira "rede social". É na escola que se aprende, se partilha, se convive, se percebem os amigos, nos mostramos como somos!

          É na escola que se vê os múltiplos tons da vida (que não é só cor-de-rosa), se saboreiam os alimentos em vez de apenas ver fotografias de comida, compreendemos a beleza da diferença, dos corpos reais, das pessoas reais, das personalidades reais. É na escola que corpo e mente se exercitam, e ouvimos vozes que sabem quem somos e para quem importamos. É na escola que trocamos olhares, esclarecemos dúvidas, crescemos, nos percecionamos, desenvolvemos...

         Na escola também se dança, também há música, citações que dão que pensar,  também vemos situações engraçadas, também conhecemos outras culturas, linguagens e espaços múltiplos. Na escola também há heróis: é para todos vós, heróis das lutas que só cada um conhece, heróis de autossuperação, heróis de dedicação, heróis que não voam, mas que se elevam...

            Na Biblioteca Escolar, aguardam por vós centenas de livros,.. cada um franqueia portas para uma viagem mil vezes mais valiosa que um story...

                                                              A Coordenadora de Bibliotecas Escolares,

                                                                     Sílvia Pinto


segunda-feira, 6 de maio de 2024

...DO TRABALHO INFANTIL

... para refletir e, não deixando de validar o "peso" que cada um sente sobre a escola, dar uma referência que pode mudar o caleidoscópio: 

Trabalho infantil

domingo, 5 de maio de 2024

Dia da Mãe sem Papas na Língua

 


    Nem todas as mães são mães. Há quem seja chamado de "Mãe" e seja uma mera progenitora. Uma genitora, pois aqui não há "prós", só contras... Quem não ama o(s) filhos(s) não é mãe. Parir? Parir é a coisa mais comum que existe e há espécies que devoram as próprias crias. Na vasta amplitude de significado do termo "devorar", alguns seres (des)humanos enquadram-se nesse cenário hediondo também.
    Às Mães, (sim, com "M" grande) dedico este texto. Uma Mãe não é a melhor amiga. Se uma mãe é a melhor amiga não está a ser Mãe. Demitiu-se. 
    Uma Mãe não agride. A vida encarregar-se-á das dores incontornáveis. Uma Mãe tem de ser a barreira contra as agressões, não a perpetradora. Agredir quem não se pode - ou, podendo, não se irá defender - chama-se covardia. Chama-se crueldade. Mesmo que embarquemos todos na farsa  do "Doeu-me mais a mim do que a ti". 
    O Dia da Mãe é uma falácia. É o Dia das palavras bonitas. O Dia dos cartões digitais, cartões-papinha-feita, pois os cartões desenhados e pintados à mão, com recortes e colagens, que estimulavam a criatividade e eram únicos, exigindo tempo e esforço, esses já só para os ignorantes digitais...e ninguém quer isso. Só países retardados como a Suécia é que estão a mudar o rumo da digitalização plena por ter constatado que não era o melhor caminho. Enfim, suecos... Não nos dispersemos.
     O Dia da Mãe é o dia do paleio. Ótimo para floristas, fábricas de bombons e lojas dos chineses, não obstante. À semelhança do Dia dos Namorados. A menos que o esforço seja mesmo nulo e aí nem as floristas, nem as fábricas de bombons, nem as lojas dos chineses - e acrescento - nem os restaurantes ficam a ganhar.  Cada um sabe de si e Deus, pelo estado em que o Mundo está, não sabe de ninguém. Se eu fosse Deus (não acho que sou, calma, ainda só penso que sou o Napoleão) também virava costas a uma humanidade tão mesquinha, tão espumante de raiva, tão sedenta de sangue, tão vingativa, tão vil (com honrosas exceções). 
     Escrevo este texto assolada por uma indignação indizível face ao crescendo de crimes de ódio. Há quem veja os imigrantes como uns grandes filhos da mãe (ou outro termo, que não posso nem quero escrever aqui). Há gente boa e má de todas as proveniências. Espero que este seja um texto datado no tempo. Há entregadores da Glovo hospitalizados que também têm (ou assim o espero) mãe. Se não têm já tiveram. Não vivem sob a sua asa. Fizeram-se à vida vindo para um país alegadamente seguro. Não ouvem a mãe dizer "Olha o casaquinho", ouvem trogloditas a tentar rebentar com portas. E com eles. Lá estou eu a dispersar-me. E com tanta verborreia floreada que há a dizer sobre as mães. Se tem algum jeito!
      Amanhã já não será Dia da Mãe. E nós, mães, vamos continuar como estamos hoje. A lidar com a indiferença da sobrecarga de trabalhos. Fomos mães porque quisemos, agora há que aguentar. Põe-se o rótulo da "mãe guerreira" e está a andar. Homenzinhos que nem à tropa querem ir apostrofam-nos de guerreiras. E somos. Não nos resta alternativa. Há que trabalhar, cuidar, prover, proteger, arrumar, cumprir burocracias, ser escravo do relógio e, idealmente manter a boca bem caladinha. Com a sorte nublada como o dia de hoje, ainda surgem no caminho uns quantos empecilhos escusados para dificultar mais uma jornada por si mesma árdua. E não são palhas nas costas, já curvadas, da camela. São calhaus tão pesados que nem sustentam o próprio peso. Se tivessem uma, a consciência também pesaria. Se tivessem...
      Verdade seja dita que há lares, playstations, apps e coisas que tais que podem resolver os problemas, Se a Mãe (neste dia tão enlevada) se torna um fardo, há lares para quê? Se os filhos exigem cuidado, amor, entrega e atenção há o universo digital para quê? As horinhas passam a voar! A rua e as noitadas com os amigos (onde muda tudo menos o telemóvel, que continua na mão), assim como as viagens (pasmo-me sempre como há gente tão nova a ganhar tanto dinheiro para financiar tanta viagem em idades tão precoces da sua vida! Pasmo-me, mas congratulo-me: nada como arregaçar as mangas desde cedo! Eu fi-lo, isso do arregaçar as mangas bem cedo na vida, mas nunca via o envelope). E lá estou eu a dispersar. A rua, as noitadas e as viagens também são substitutos do cuidado, da supervisão e da autoridade maternais. As mães têm de compreender que os filhos a quem dão a sopinha, lavam, estendem, apanham e engomam a roupinha, querem ter as regalias dos adultos, mas sem as responsabilidades da idade adulta; Síndroma do Peter Pan: é o que não falta por aí...
        Meus queridos alunos: se têm Mães, essas com "M", o vosso lugar é na escola. E em casa, onde são amados. As crianças, os adolescentes...retribuem o que lhes é dado. Recebem imbecilidade? Serão imbecis ao quadrado. Recebem amor? Serão exponencialmente amorosos até ao Infinito.
       Uma Mãe partilha com os seus filhos as altas expectativas que tem para eles, a consciência de que são capazes,... e substitui o chinelo no ar por um "Eu ajudo!" Uma genitora que tem uma ato de agressividade falhou. Such a looser, como diriam os alunos com altíssima proficiência a Inglês. Uma genitora que pergunta: "Não te sabes defender?" está no lado errado da barricada. Não tem inteligência para perceber que a culpa de uma agressão é do agressor. La Palisse concordaria.
    E uma Mãe é alguém maravilhoso, fantástico, multifacetado, blábláblá... Pronto, para o contentamento de todos! Afinal, há que promover o bem-estar e a felicidade em contexto escolar, certo?
      Feliz Dia da Mãe!
     
A Coordenadora de Bibliotecas Escolares do Agrupamento Escultor António Fernandes de Sá,
Sílvia Pinto