segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

MARATONA DE CARTAS - AMNISTIA INTERNACIONAL

   Todos os anos, a Amnistia Internacional mobiliza milhões de pessoas em todo o mundo para que atuem em defesa de pessoas e comunidades em risco.  

   Após a sua divulgação, milhões de pessoas aceitam fazer frente à injustiça e contribuir para um mundo mais justo: assinam petições, escrevem cartas, organizam eventos e juntam-se ao nosso movimento.

    A Maratona de Cartas irá decorrer em Portugal até 31 de janeiro de 2023. Acede ao seguinte link 

https://www.amnistia.pt/maratona/ 

e escolhe uma (ou mais) causa(s) para fazeres a diferença!


    Deixamos-te aqui um exemplo de uma carta (do Delegado da turma 8ºA, que, juntamente com a sua Encarregada de Educação, autorizou a divulgação de dados) dirigida a Aleksandra Pkochilenko, uma cidadã russa que se revoltou contra a agressão da Rússia à Ucrânia, que se manifestou contra essa invasão e se encontra presa pelas autoridades russas por expressar a sua opinião a favor da paz na Ucrânia.

                                                                                          20 de janeiro de 2023

                                                                                        Oliveira do Douro, Portugal    

     Querida Aleksandra,

     chamo-me Paulo Santos, tenho 13 anos, sou português e sinto-me muito perturbado desde a eclosão da guerra na Europa, evento que (em qualquer momento e local do mundo) considero desumano, horrível, hediondo!

        O seu ato de se opôr à decisão russa de atacar violentamente a Ucrânia é, para mim, algo de profundamente corajoso e um autêntico exemplo a seguir! Se todos os russos fizessem o mesmo, não haveria esta inconcebível guerra. Gostaria de dar o exemplo de Portugal: já vivemos sob um regime ditatorial, mas o povo e o exército juntaram-se e derrubaram o ditador e eu garanto que ninguém consegue manter sozinho uma ditadura. A sua atitude revela uma personalidade forte; atrevo-me a dizer que colocou a vida de outros à frente da sua própria vida, ato de rara generosidade, até porque era do conhecimento de todos que os russos antiguerra podiam ser presos por "traição à Pátria".

         Para terminar, saliento que há muitas pessoas que pensam como eu, que não se esquecem das vítimas russas (não só ucranianas)  e quero que saiba que não está sozinha, que muitas vozes se juntam à minha e que é vista por todos como uma heroína, um modelo de coragem e um foco de resistência a um regime opressor. Não se trata de uma questão política ou territorial; trata-se de uma questão humanitária, de bom senso e de princípios éticos!

                                                                  Um Abraço de muita Amizade,

                                                                   Paulo Santos

P.S. - Não se deixe desanimar. Este pesadelo há de ter um fim!