Todos os anos, a Amnistia Internacional mobiliza milhões de pessoas em todo o mundo para que atuem em defesa de pessoas e comunidades em risco.
Após a sua divulgação, milhões de pessoas aceitam fazer frente à injustiça e contribuir para um mundo mais justo: assinam petições, escrevem cartas, organizam eventos e juntam-se ao nosso movimento.
A Maratona de Cartas irá decorrer em Portugal até 31 de janeiro de 2023. Acede ao seguinte link
https://www.amnistia.pt/maratona/
e escolhe uma (ou mais) causa(s) para fazeres a diferença!
Deixamos-te aqui um exemplo de uma carta (do Delegado da turma 8ºA, que, juntamente com a sua Encarregada de Educação, autorizou a divulgação de dados) dirigida a Aleksandra Pkochilenko, uma cidadã russa que se revoltou contra a agressão da Rússia à Ucrânia, que se manifestou contra essa invasão e se encontra presa pelas autoridades russas por expressar a sua opinião a favor da paz na Ucrânia.
20 de janeiro de 2023
Oliveira do Douro, Portugal
Querida Aleksandra,
chamo-me Paulo Santos, tenho 13 anos, sou português e sinto-me muito perturbado desde a eclosão da guerra na Europa, evento que (em qualquer momento e local do mundo) considero desumano, horrível, hediondo!
O seu ato de se opôr à decisão russa de atacar violentamente a Ucrânia é, para mim, algo de profundamente corajoso e um autêntico exemplo a seguir! Se todos os russos fizessem o mesmo, não haveria esta inconcebível guerra. Gostaria de dar o exemplo de Portugal: já vivemos sob um regime ditatorial, mas o povo e o exército juntaram-se e derrubaram o ditador e eu garanto que ninguém consegue manter sozinho uma ditadura. A sua atitude revela uma personalidade forte; atrevo-me a dizer que colocou a vida de outros à frente da sua própria vida, ato de rara generosidade, até porque era do conhecimento de todos que os russos antiguerra podiam ser presos por "traição à Pátria".
Para terminar, saliento que há muitas pessoas que pensam como eu, que não se esquecem das vítimas russas (não só ucranianas) e quero que saiba que não está sozinha, que muitas vozes se juntam à minha e que é vista por todos como uma heroína, um modelo de coragem e um foco de resistência a um regime opressor. Não se trata de uma questão política ou territorial; trata-se de uma questão humanitária, de bom senso e de princípios éticos!
Um Abraço de muita Amizade,
Paulo Santos
P.S. - Não se deixe desanimar. Este pesadelo há de ter um fim!