quarta-feira, 19 de março de 2025

FELIZ DIA DO PAI... DE CORAÇÃO

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    Queria desejar um feliz dia do Pai aos pais de coração. Os pais de coração são-no, porque têm um. Precisamente no sítio onde, infelizmente, não raros progenitores têm uma pedra. Um calhau. Um calhau que acaba por empedernir todo o seu patético ser…

    Já os pais de coração são feitos de luz. São como anjos que aparecem na vida das crianças para as resgatar. De quê? Já não importa, porque os pais de coração fazem esquecer quaisquer más memórias. O sangue que corre nas veias dos pais de coração é de todas as cores: vermelho como o amor, azul como a serenidade, branco como a paz, verde como a esperança, cor-de-laranja como os raios de sol, cor-de-rosa como os sonhos das crianças…

    Os pais de coração sabem que o sangue que corre nas veias dos filhos é o sangue dos filhos. E amam-nos assim. Mesmo que façam uma transfusão, amam os filhos. Os pais de coração estão a borrifar-se para a herança genética. Importam-se, sim, com o seu legado: educar os filhos com presença, carinho, ternura, cuidado, proteção e amor. Os filhos dos pais de coração sabem que não foram um acaso, nem um erro de cálculo, nem um imprevisto, nem uma ocorrência não planeada, nem um preservativo danificado ou o esquecimento de tomar a pílula. Não foram um frete com revirar de olhos, nem uma imposição inconsentida nem uma agressão abusiva.

   Os pais de coração escolhem ser pais e (tirando raríssimas exceções, tão residuais como lamentáveis) são pais maravilhosos, são pais com as rédeas da paternidade, não se demitem, não delegam, não armazenam os filhos (nem sequer na escola, que tem forma, aparência e cheiro de armazém). Confiam na escola como excelente parceira de jornada nesse caminho maravilhoso que é ajudar a crescer.

    Como os pais de coração agem com o coração não descem à brutalidade de bater nos filhos, não enveredam pela via mais fácil da pedagogia da bordoada, não se contentam com o patamar mínimo de não matar os filhos, nem equacionam o filicídio. “Apanhei umas quantas bofetadas e não morri”. Parabéns!!! Que bom para ti!!! Não morreste por linchamento parental…que orgulho!!! “Batam em latas, rompam aos saltos e aos pinotes, façam estalar no ar chicotes, chamem palhaços e acrobatas” como diria o Sá-Carneiro, o Mário de, não o Francisco.

    Assim, que todos os dias sejam dias felizes para os pais de coração. Com coração. Que agem pelo coração. Os outros, os progenitores que não sabem ser pais, não merecem celebração…nem dela poderiam usufruir, ocupados que estão à procura de uma consciência…

A Coordenadora de Bibliotecas Escolares do Agrupamento Escultor António Fernandes de Sá,

Sílvia Pinto