Sou uma ilha...uma ilha daquelas cujo coração é um vulcão semi-ativo, uma daquelas ilhas com tempestades de granizo, a ver se o gelo ameniza a vontade de explodir, ilha de areias brancas, finíssimas,.. areias alvas quase a desaparecer e a mostrar areia escura.
Vivo rodeada de água por todos os lados e há animais que usam o que tenho e o que não tenho, tudo o que de mim brota, esgotam-me,... e depois vão embora como se eu nunca tivesse chegado a existir.
Tenho uma torrente de palavras dentro do vulcão por causa das chuvas (por vezes, tão ácidas) imparáveis. Porém, nas minhas encostas, também brotam flores, plantas e árvores que dão o fruto da esperança (o fruto nosso da esperança de cada dia nos Dai hoje), a luz da esperança entre o dia e a noite (noite que passo a pensar no que pode ser feito para que a ilha não acabe desse jeito).
E mesmo com esse pensamento, com a ansiedade e a pressão, eu ainda acredito que esta ilha tem uma oportunidade de melhorar, porque depois de qualquer tempestade vem a bonança e há sempre a primavera! Pode demorar meses, anos ou até décadas, mas um dia tudo vai ficar mais fácil. Tudo tem de ficar mais fácil!
Shaila, 7ºC
